E-sports vira método pedagógico para ensinar inglês. Forma até professores.

E-sports vira método pedagógico para ensinar inglês. Forma até professores.

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Os pais matriculam os filhos no inglês pensando no futuro. Imaginam eles executivos de uma multinacional ou, pelo menos, uma vantagem no mercado de trabalho.

Entre os estudantes, nem sempre a motivação é essa. Cada vez mais existe quem vai para aula porque quer destruir castelos inimigos, pilotar helicópteros, combater ou praticar crimes e todas as possibilidades que os E-Sports oferecem.

Talvez o tema gere preconceito para muitos, mas videogames podem ser um método pedagógico de aprender inglês. Quem atesta é Carlos H. Rutz, Coordenador Pedagógico Regional British and American em Santa Catarina.

Ele conta que nos últimos seis anos contratou cerca de dez professores que tiveram contato com jogos online a ponto de influenciar positivamente suas carreiras. ”Hoje em dia, os jogos não deixam mais o praticante de maneira passiva com relação ao que acontece na tela, nem mesmo apenas apertando botãozinho.

Vários jogos são cooperativos e requerem conversas em tempo real através de microfones e a exposição é tão grande que, mesmo sem aprendizado formal, eles acabam aprendendo o idioma meio que universal no mundo dos games, o inglês.” O cenário é ainda mais forte quando se observa o crescimento dos E-Sports.

Jogos como League of Legends e SC:GO são em inglês e a comunicação entre os jogadores do mesmo time é em inglês. O uso de palavras no idioma é comum até em atletas amadores. E isso aumenta a capacidade de aprender e ensinar o idioma.

Com a autoridade de quem dirige escolas em quatro cidades catarinenses, Carlos conta que o nível de proficiência dos professores-gamers é bom. Acrescenta que eles têm algumas peculiaridades. A capacidade auditiva é muito aguçada porque precisam reagir aos comandos dos outros jogadores para que a estratégia da equipe funcione. “Eles falam inglês com pouquíssimo ou nenhum sotaque do português.

O fato de a pronúncia precisar ser clara e com bom volume nos jogos faz com que eles acabem sendo facilmente compreendidos pelos alunos. Claro que não é uma regra, mas a gente percebe características semelhantes nos alunos que são gamers”.

Felipe Pereira Do UOL, em São Paulo

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